sexta-feira, 1 de abril de 2011

Garça-branca-pequena

Egretta garzetta



Identificação - Distingue-se principalmente pela brancura da sua plumagem.
É uma garça de tamanho médio com um longo pescoço em forma de S, que está encolhido quando voa. A plumagem é totalmente branca e por vezes podem ser notadas algumas plumas compridas na parte posterior da cabeça. O bico e as patas são pretos, mas os dedos são amarelos. Quando em alimentação, é geralmente uma ave solitária, embora ocasionalmente forme bandos esparsos. No entanto, reúne-se em grandes bandos nos dormitórios e nas colónias. Distingue-se da garça-boieira pelo pescoço mais comprido e pelo bico preto e não amarelo.
Por vezes observam-se indivíduos com a plumagem cinzenta, que poderão ser variações melanísticas ou híbridos.



Abundância e calendário - A garça-branca-pequena é sobretudo residente e pode ser vista em Portugal durante todo o ano. É mais abundante no litoral, especialmente na metade sul do território e é relativamente rara no interior norte, especialmente em zonas de altitude. Nidifica colonial-mente havendo colónias importantes no Ribatejo, no Alentejo e no Algarve.




Onde observar - Esta garça pode ser encontrada em praticamente todas as zonas húmidas costeiras e também ocorre em barragens e açudes.
Entre Douro e Minho – o estuário do Minho, o estuário do Lima e o estuário do Cávado são os dois principais locais de ocorrência desta garça, que também se observa no estuário do Douro.
Litoral centro – pode ser vista com facilidade na ria de Aveiro, no estuário do Mondego e na lagoa de Óbidos. Por vezes também aparece na foz do Lis e na zona de São Martinho do Porto.
Beira interior – pouco numerosa, ocorre principalmente na Beira Baixa, podendo ser vista junto a algumas albufeiras da região, como a albufeira da Marateca.
Lisboa e Vale do Tejo – esta garça é comum no estuário do Tejo e pode ser vista regularmente em todo o perímetro do estuário (no parque do Tejo, no sítio das Hortas, na ribeira das Enguias, no sapal de Corroios e nas lezírias da Ponta da Erva). Na região existem importantes colónias no paul do Boquilobo e no Escaroupim. Também aparece em pequenos números na várzea de Loures.
Alentejo – no litoral é comum e observa-se facilmente no estuário do Sado, na lagoa de Santo André e na ribeira de Moinhos. Mais para o interior, ocorre em barragens e açudes, como a lagoa dos Patos e as barragens do Roxo, de Odivelas, da Póvoa, de Montargil, do Caia e do Alqueva. Também ocorre ao longo de ribeiras, como por exemplo a ribeira de Seda junto a Alter do Chão.
Algarve – é regular nas principais zonas húmidas da região, nomeadamente na ria de Alvor, no Ludo, na ria Formosa e também no sapal de Castro Marim. Também aparece regularmente na lagoa das Dunas Douradas. Durante a época de nidificação pode ser vista uma grande colónia na Ponta da Piedade, perto de Lagos.



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