quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Sapo-comum (Bufo bufo)

Grande, gordo, feio e útil, o Sapo é uma espécie comum que se alimenta de invertebrados e que pode dar uma ajuda no quintal ou no jardim. Distribuindo-se por todo o País.



O sapo-comum (Bufo bufo) é um anuro (anfíbio sem cauda) de grandes dimensões que pode atingir 21 cm de comprimento. Possui olhos laterais e proeminentes, a pupila é horizontal e a íris é geralmente avermelhada. As glândulas paratóides - 2 glândulas ovóides situadas na parte posterior da cabeça - são proeminentes e estão mais próximas anteriormente do que posteriormente. Os membros são robustos, os anteriores têm 4 dedos curtos e grossos e os posteriores possuem 5 dedos com membranas interdigitais até metade do seu comprimento. A pele é rugosa com verrugas salientes no dorso. A sua cor varia muito, podendo ser castanha, amarelada ou quase negra. Ventralmente são esbranquiçados ou amarelados. Os machos são mais pequenos que as fêmeas e, nalgumas populações, apresentam membros posteriores mais compridos. Durante a época de reprodução apresentam rugosidades escuras nos 3 dedos mais internos da mão. Os girinos são muito pequenos, atingindo no máximo 3,5 cm de comprimento, são de cor negra e as suas membranas caudais são translúcidas com ou sem pontos escuros. Os olhos são dorsais.



DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA
Ocupa toda a Eurásia, excepto a zona mais setentrional, e o norte de África.
Em Portugal encontra-se de norte a sul, sendo geralmente bastante abundante. Nas zonas mais áridas do sul e sudeste é mais raro.

FACTORES DE AMEAÇA
Antigamente esta espécie era muito abundante, no entanto, a alteração dos locais de reprodução e dos seus habitats está a provocar um declínio generalizado em grande parte da Península Ibérica. A perseguição pelo Homem é outro factor a ter em conta. Além disto, todos os anos morrem muitos sapos nas estradas, vítimas de atropelamento, principalmente na época de reprodução, altura em que os indivíduos necessitam de se deslocar até zonas com água.




HABITAT
Ocupa uma grande variedade de biótopos, em zonas húmidas ou secas, abertas ou com vegetação densa, em meios naturais, cultivados e também nas imediações de áreas habitadas. Os adultos têm hábitos terrestres excepto durante a época de reprodução. Pode encontrar-se tanto ao nível do mar como acima dos 2000 metros.



INIMIGOS NATURAIS
Entre os seus inimigos naturais incluem-se cobras de água, víboras e várias aves de rapina (milhafres, tartaranhões, águias, mochos e corujas). A lontra adopta uma estratégia de predação muito particular, virando os sapos do avesso de modo a não entrar em contacto com a sua pele que contém toxinas. Algumas populações são afectadas por uma mosca parasita cujas larvas se introduzem nas narinas dos indivíduos para se alimentarem dos seus tecidos, acabando por lhes provocar a morte.



REPRODUÇÃO

Durante a época de reprodução o macho abraça a fêmea pelas costas (amplexo). A fêmea deposita entre 2000 a 7000 ovos e o macho lança o esperma que os fecundará (fecundação externa). Os ovos dispõem-se em cordões gelatinosos com 2 a 4 filas alternadas. Como local de postura escolhem charcos extensos relativamente profundos, braços de rios ou zonas pantanosas. A eclosão dos ovos dá-se entre 5 a 15 dias após a postura e a fase larvar dura entre 2 e 4 meses.

MOVIMENTOS
Ano após ano, estes sapos mostram preferência pelos mesmos locais de postura, chegando mesmo a percorrer vários quilómetros para chegar a esses locais.


ACTIVIDADE
Embora sejam geralmente crepusculares e nocturnos, também se observam durante o dia, sobretudo quando o tempo está húmido e durante a época de reprodução. Os recém- metamorfoseados são mais activos durante o dia. Em muitas regiões estes sapos permanecem activos durante todo o inverno. Em zonas frias podem apresentar um período de repouso invernal que varia consoante o local e o ano. No Verão permanecem activos até temperaturas de 40/42º C.

CURIOSIDADES
São animais muito úteis na agricultura por comerem insectos, vermes e caracóis. No entanto, são considerados repelentes e muitas vezes são perseguidos e espetados em canas, servindo como espantalhos. Crê-se que os outros sapos ficam com medo e, portanto, se afastam.

LOCAIS FAVORÁVEIS DE OBSERVAÇÃO
Podem observar-se durante a noite em caminhos, estradas ou perto de massas de água. As observações são mais frequentes após ter chovido ou em dias em que o ar se encontre muito húmido. Os girinos podem observar-se em troços de ribeiros ou em charcos.





sábado, 10 de setembro de 2011

Rela Comum

As relas (Hyla arborea) são pequenos anfíbios verde-alface que, apesar de serem comuns em diversas zonas húmidas do nosso País, acabam por passar despercebidas à maioria. Conheça as características e ecologia desta interessante espécie.


IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

 A Rela  é um pequeno anuro (anfíbio sem cauda), geralmente com menos de 5 cm de comprimento. Possui olhos proeminentes e laterais; a íris é dourada com reticulado escuro. Tem membros compridos com 5 dedos nas patas posteriores e 4 nas anteriores. Os dedos terminam em discos adesivos (característica que lhes permite trepar, mesmo em superfícies escorregadias). A pele das relas é lisa e brilhante superiormente e mais granulosa ventralmente. A coloração é em geral verde-vivo, mas podem aparecer indivíduos azulados, acinzentados ou acastanhados. Apresentam tipicamente uma linha escura lateral (bordada dorsalmente por uma linha branca ou amarelada) que começa no focinho, passa pelo olho e se estende até à região inguinal. Ventralmente são brancas ou acinzentadas. Os machos apresentam um saco vocal externo muito grande que, quando insuflado, chega a ser maior que o tamanho da cabeça. Quando o saco vocal não está insuflado, podem observar-se pregas cutâneas na garganta. Os girinos desta espécie nunca ultrapassam os 5 cm de comprimento. Ao eclodirem medem entre 0,5 e 1 cm. Superiormente são esverdeados com manchas e reflexos prateados. A região muscular da cauda apresenta dorsalmente uma banda comprida mais escura.. As membranas caudais são translúcidas com pequenas manchas escuras.

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA
 Ocupa grande parte do centro da Europa. Na Península Ibérica está ausente na costa mediterrânica e Andaluzia. Em Portugal só não existe no Algarve e no interior do Alentejo. Pode ser muito abundante em certos locais, no entanto as suas populações têm sofrido uma regressão notável.

FACTORES DE AMEAÇA
 Os principais factores de ameaça para esta espécie são o desaparecimento progressivo das zonas húmidas, onde se concentram em número elevado para se reproduzir, a destruição ou alteração da vegetação das ribeiras e a utilização de insecticidas.




HABITAT
 As relas preferem habitats ricos em vegetação e relativamente húmidos, encontrando-se em zonas encharcadas, pântanos, lagoas, caniçais, arrozais, prados e outros meios similares. Vivem tanto ao nível do mar como em zonas de montanha.

ALIMENTAÇÃO

 A sua dieta inclui diversos tipos de invertebrados tais como insectos, aracnídeos e miriápodes. Os girinos são herbívoros e detritívoros.





INIMIGOS NATURAIS
 Os adultos são predados por cobras de água e por várias aves como as garças e as corujas. As larvas são predadas sobretudo por insectos aquáticos carnívoros e por aves aquáticas.

REPRODUÇÃO
 Em Portugal a época de reprodução ocorre, em geral, entre Abril e Junho. Os machos são os primeiros a chegar aos locais de reprodução. Atraem a fêmea através de um chamamento e abraçam-nas pelas costas (amplexo axilar). O amplexo pode durar até 30 horas. A fêmea deposita cerca de 1000 ovos em cacho. Como locais de postura, as relas escolhem zonas com água parada ou com pouca corrente e com alguma vegetação aquática.





MOVIMENTOS
 Têm hábitos trepadores, encontrando-se frequentemente em ramos, folhas de árvores ou arbustos. Realizam migrações para os charcos, na época da reprodução. Podem dispersar-se muito.


ACTIVIDADE
 Embora sejam predominantemente crepusculares e nocturnas, também podem observar-se indivíduos activos durante o dia, sobretudo após uma forte chuvada, uma tempestade ou com tempo nublado. No inverno hibernam por um período de tempo variável.

Naturlink.sapo.pt/


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Raposa Vermelha

A Raposa Vulpes vulpes é um carnívoro de médio porte, da família dos canídeos, o comprimento do corpo é de 50-75 cm, a cauda tem 35-45 cm e a altura no garrote é de 40 cm. Pesa entre 3-7 Kg sendo as fêmeas ligeiramente mais pequenas, embora não seja evidente um dimorfismo sexual. Apresenta uma silhueta esguia onde sobressai a cauda longa e farta, e uma cabeça pequena, com olhos oblíquos e orelhas grandes, erectas e triangulares. A sua pelagem é avermelhada com tons de cinzento e de castanho, sendo mais curta no Verão e longa e espessa no Inverno. A subespécie que ocorre entre nós, Vulpes vulpes silacea, apresenta uma coloração menos brilhante e é comum a cauda ser cinzenta. A parte de trás das orelhas é preta e a extremidade da cauda é frequentemente branca. As crias nascem cegas e têm uma pelagem castanha escura.



DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA
Encontra-se em toda a Europa excepto na Islândia. Está ainda presente na Ásia e Norte de África e foi introduzida na América do Norte e na Austrália. Em Portugal está presente em todo o país, podendo inclusive, tolerar bem a presença humana. Não existem estimativas rigorosas da abundância da espécie no nosso país. É, no entanto, considerada uma espécie comum e abundante, existindo pontualmente alguns locais onde possa ter densidades mais reduzidas.
ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO
Não ameaçada. É uma espécie cinegética que pode ser caçada sem restrições durante o período venatório. Pode ser controlada em áreas de regime cinegético especial (lei nº30/86 de 27 de Agosto e decreto-lei nº251/92 de 12 de Novembro).
HABITAT
Uma grande capacidade de adaptação permite-lhe ocupar praticamente todos os habitats disponíveis (desde as zonas costeiras até às montanhas) de Norte a Sul do país. Tem preferência por mosaicos de áreas agrícolas com zonas mais fechadas (matagais e florestas) que lhe proporcionem zonas de caça, abrigo e reprodução.


ALIMENTAÇÃO
É um predador generalista e oportunista que consome mamíferos (por exemplo, roedores e coelhos), aves (por exemplo, perdiz e pequenos pássaros), invertebrados (por exemplo, escaravelhos e gafanhotos), répteis, anfíbios e também frutos. Em áreas mais humanizadas pode predar sobre os animais domésticos sendo no entanto os roedores a sua presa principal. O coelho pode ser uma presa importante quando é muito abundante e/ou quando a mixomatose torna fácil a sua captura. Em período de abundância de presas pode capturar mais do que necessita, enterrando o excedente para consumir posteriormente.
REPRODUÇÃO
O período de acasalamento ocorre entre Dezembro e Fevereiro, o tempo de gestação é de 52-53 dias, nascendo 4-8 crias entre Março e Maio. Tanto o macho como a fêmea participam nos cuidados parentais, estando as crias prontas para uma vida independente no Outono.
MOVIMENTOS
Os juvenis machos têm maior tendência para dispersar e fazem-no, em geral, para mais longe do que as fêmeas (14 contra 6 km). As raposas podem percorrer num dia distâncias que variam entre 3 e 14 km dentro da sua área vital. A dimensão desta pode ser muito variável (diminuindo com a heterogeneidade do meio), com valores médios entre 1-5 km2. Pode no entanto ter valores mais baixos em áreas muito humanizadas ou mais elevados em áreas de montanha.


CURIOSIDADES
Como resposta à pressão cinegética as raposas adquiriram a capacidade de se reproduzirem antes de concluir um ano de idade. Para recuperar as suas populações podem ainda aumentar o tamanho das ninhadas, passando estas a ter uma maior proporção de fêmeas. Estes factores contribuem para que os controlos sobre a espécie se revelem frequentemente ineficazes, acrescendo ainda o facto de que quando se remove um adulto vários juvenis poderem ocupar o seu território.
LOCAIS FAVORÁVEIS DE OBSERVAÇÃO
Existindo em todo o país, a sua observação torna-se difícil por se tratar de um animal de hábitos nocturnos e obviamente evitar os contactos com o Homem (ainda que sejam conhecidos casos em que as raposas se habituam a "visitar" quintas onde os proprietários lhes deixam propositadamente alimento). Um dos métodos utilizados para observação da espécie é a "farolada" que consiste em iluminar à noite o campo com potentes faróis em busca de um par de olhos que brilhem no escuro. Com a ajuda de binóculos será então possível confirmar a espécie a que pertencem. A ajuda de pessoas da região (caçadores, pastores, agricultores), pode ser preciosa, pois geralmente sabem onde os animais têm a sua toca e os melhores sítios para caçar poderão ser também bons locais para a observação da espécie.

http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=55&cid=4053&bl=1&viewall=true#Go_1

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Peneireiro-cinzento

Elanus caeruleus


Esta rapina, como que levita no ar em busca de presas, peneirando e perscrutando o solo com os seus olhos vermelhos-escarlate.




O peneireiro-cinzento é uma ave de rapina pertencente à família Accipitridae, tem um comprimento aproximado de 33 cm e envergadura de 78 cm. Espécie de identificação acessível, já que possui uma tonalidade clara, apenas com as asas mais escuras, pelo que facilmente se localiza quando poisada num poste ou no topo de uma árvore. Nenhuma outra rapina de pequenas dimensões como o peneireiro-cinzento, possui um tom esbranquiçado. A curta distância, é possível vislumbrar o olho vermelho.


Quando observado por cima, distinguem-se facilmente os ombros escuros contrastantes com o claro do resto do corpo, e quando observado por baixo, são extremamente visíveis as pontas das asas escuras. O seu voo, levemente ondulado, e o peneirar com as asas em V, são bastante característicos. Quando detectam uma presa, deixam-se cair sobre ela com as asas bem puxadas atrás, como se fosse um helicóptero lento, numa posição única. Usualmente solitária ou em pares. Espécie monogâmica. Ambos os progenitores cuidam das crias até atingirem o estado adulto. Crias nidícolas. Faz o ninho em árvores, 3-20m acima do solo. Todos os anos são construídos novos ninhos, mas a mesma árvore pode ser utilizada em anos sucessivos. 



Alimenta-se essencialmente de pequenos mamíferos, répteis, aves e insectos. Espécie residente, em que os juvenis podem efectuar movimentos dispersivos de alguma dimensão. No Inverno, pode juntar-se em dormitórios de até poucas dezenas, sendo este fenómeno bastante localizado nas lezírias do estuário do Tejo, nos campos agrícolas entre Porto Covo e Vila Nova de Mil-fontes e nas planícies de Évora. Esta espécie é comum, mas pouco abundante, distribuindo-se por zonas agrícolas com espaços abertos, assim como em montados de azinho e sobro abertos.




quarta-feira, 29 de junho de 2011

Poupa

Upupa epops




A Poupa pertencente à família Upupidae (aves upopiformes ), esta ave encontra-se distribuída pela Europa, zonas tropicais da Àsia , toda a Àfrica excepto zonas desérticas e pelo Madagáscar. É característica de zonas agrícolas ou pastagens com pequenas matas e arbustos.
Com um comprimento de 26 a 28 centímetros, e uma envergadura de 42 a 46 centímetros, esta ave não pesa mais que 80 gramas e tem uma esperança média de vida de 11 anos.
Esta ave é caracterizada por possuir um bico comprido e arqueado, com uma crista eréctil. É esta crista em forma de poupa que lhe dá o nome. A sua plumagem é acastanhada , com as asas largas e arredondadas de listas pretas e brancas. A sua cauda longa é preta com uma barra branca larga. As patas são acinzentadas e curtas.
O seu canto é um característico hoop-hoop-hoop que pode ser repetido ao longo de vários minutos. Nidifica em buracos de árvores e muros de pedra. A postura é efectuada entre  Agosto e Outubro e é constituída por 2 a 7 ovos que variam entre as cores cinzento e amarelo. A incubação que dura cerca de 18 dias é efectuada pela fêmea. Ao fim de 3 ou 4 semanas, as crias estão prontas para os seus primeiros voos.



A principal característica dos ninhos das poupas é talvez o seu cheiro fétido, extremamente desagradável. O mau cheiro não se deve a falta de higiene no ninho, pois sabe-se que a fêmea o limpa cuidadosamente de todos os detritos, mas representa uma estratégia contra predadores. A fêmea e os juvenis desta espécie possuem uma glândula uropigial, capaz de segregar o líquido responsável pelo mau cheiro, que é expelido em caso de ameaça.
Desconfiada, passa grande parte do tempo a alimentar-se no solo. Caminha errantemente, mudando constantemente de direcção. Inverna em África. Voa frequentemente a baixa altitude, rente ao solo. Voo com ondulações curtas e batimentos irregulares, intercalados com deslizes. Ao aterrar, levanta a poupa, por breves instantes.
O estado de conservação da poupa é seguro, mas a espécie encontra-se em regressão na Europa. No último século desapareceu da Suécia, Holanda, Bélgica e grande parte da Alemanha, sobretudo devido à alteração das práticas agrícolas e à introdução do uso de insecticidas.
Alimenta-se essencialmente de minhocas e insectos. Embora prefira alimentar-se no solo, é também capaz de caçar insectos em voo.



domingo, 26 de junho de 2011

Guarda-rios

Alcedo atthis




Olha ali um guarda-rios” – eis como é muitas vezes anunciada a visão de uma flecha azul 
à superfície da água, o que imediatamente anima qualquer sessão de observação de aves. Esta pequena ave aquática é uma das espécies mais coloridas e encantadoras da avifauna portuguesa.


Identificação
Os guarda-rios são aves de pequeno a médio porte (10 a 46 cm de comprimento). Grande cabeça, bico comprido, asas largas, pernas e cauda curtas. Azul e verde brilhantes nas partes superiores - dorso e cauda parecem luminosos. Laranja avermelhado inferiormente. O bico do macho é preto acizentado, enquanto a fêmea tem a base da mandíbula inferior vermelha. Bastante tímido. Voo rápido e directo, bem por cima da água, vendo-se pouco as suas cores, mas o dorso e a cauda brilham. Mesmo nessa altura difícil de visualizar, mas anuncia-se com assobios agudos, "tzii". Uma verdadeira chuva de assobios, decaindo no tom é ouvida quando dois se encontram.




Habitat
Visto frequentemente em lagos ricos em peixe. Empoleira-se nos ramos por cima da água, debaixo de pontes. Pode permanecer imóvel por longos períodos, difícil de detectar, não sendo a exibição de cor muito proeminente nessa altura. Mergulha de cabeça para capturar peixe, geralmente do poleiro mas também após um breve peneirar.




Reprodução
Reproduz-se ao longo dos rios e ribeiros lentos, com bancos e socalcos arenosos, onde o ninho é escavado. Os guarda-rios são aves monogâmicas que formam casais permanentes na maioria das espécies. Há no entanto exemplos onde o casal reprodutor é auxiliado nos cuidados parentais por membros subordinados do grupo, frequentemente crias da postura anterior. A frequência de postura, feita sobretudo em cavidades no solo construidas por outros animais, varia de acordo com as espécies e condições ambientais entre 1 a 4 vezes por ano. Cada postura tem em média 3 a 6 ovos, que são incubados por ambos os membros do casal durante duas a quatro semanas. Os juvenis são totalmente dependentes dos pais durante as três a oito semanas seguintes. Quando as crias começam a voar, o casal diminui drasticamente a quantidade de comida que traz aos filhos para os incentivar a procurar alimentos sozinhos. Esta fase dura em média um mês, após o que o casal expulsa as crias do território.




Curiosidades

Também conhecido como pica-peixe. Os guarda-rios são aves diurnas e sedentárias, havendo no entanto exemplos de espécies parcialmente migratórias. Os guarda-rios adultos não fazem parte da dieta fundamental de nenhum outro animal graças à sua rapidez, mas os ninhos e os juvenis estão mais expostos e podem ser atacados por cobras, doninhas ou primatas. Os predadores conhecidos do grupo são sobretudo aves de rapina.




Fonte: agua online, wikipedia


sábado, 28 de maio de 2011

Figueira-da-Índia

Opuntia ficus-indica


Identificação botânica

Designada muitas vezes pelo seu nome latim Opuntia (Opuntia ficus-indica), a figueira da índia é um cacto também conhecido por Nopal. Subespontâneo em muitos locais de Portugal, dá como fruto os figos da índia.



Princípios activos
Contém proantocianidinas oligoméricas com propriedades antioxidantes, taninos e mucilagens com acção cicatrizante.


Principais propriedades

Os suplementos alimentares, constituídos pelo parênquima (caule) desta planta (confundido, muitas vezes, por folhas), são úteis em tratamentos para perda de peso: ingeridos 30 minutos antes das refeições diminuem o apetite. Também são prescritos no controlo da diabetes tipo IIII e do colesterol elevado. Os frutos podem ser comidos (com moderação) para evitar a diarreia.



Outras propriedades
Tratamento das úlceras gástricas e síndroma do cólon irritável por ser cicatrizante. Co-adjuvante em problemas respiratórios como a tosse irritativa (juntamente com a alteia) ou bronquites (com o tomilho e eucalipto). Externamente, utiliza-se no eczema, psoríase e dores musculares.



quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dedaleira

Digitalis purpurea


Dedaleira (do alemão "Roter Fingerhut" (dedal vermelho) para as flores desta planta), também chamada de "campainhas" pelo formato de suas flores, é uma erva lenhosa ou semilenhosa (Digitalis purpurea L.; Scrophulariaceae), venenosa, nativa da Europa. Pode ser cultivada como medicinal, por conterdigitalina, e também como ornamental, pois possui inúmeras variedades hortícolas de flores róseas ou brancas.


Esta planta fornece um importante medicamento cardíaco chamado digitalina, prescrito em alguns casos de arritmia ou insuficiência cardíaca.


Se impedida de terminar o ciclo através do corte da inflorescência murcha, retorna a florescer. Sua utilização medicinal deve ser muito criteriosa pois é uma planta muito tóxica em doses altas e se administrada a pessoas que não necessitam de seus efeitos. Excelente para bordaduras e maciços, jardineiras e vasos.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

sábado, 23 de abril de 2011

Pintassilgo

Carduelis carduelis



É uma pequena ave fringilídea, comum em toda a Europa, mais abundante nas zonas central e meridional. É uma residente habitual nas zonas temperadas, mas as populações de latitudes mais altas migram para sul durante o inverno.



São aves de pequeno porte, com tamanho aproximado de 13 cm, com cerca de 20g, normalmente encontradas em bandos de até 40 indivíduos, fora da estação reprodutora. Na época do acasalamento, os pintassilgos separam-se por pares voltando a se unir após a vinda dos filhotes.



Os pintassilgos nidificam em terrenos abertos e bordas de bosques, em parques e jardins, entre Abril e Maio, pondo 4 a 6 ovos azuis com manchas pretas, que eclodem ao fim de 11 a 14 dias. Faz duas posturas e a incubação é feita pela fêmea. Alimenta-se basicamente de grãos silvestres. Gosta especialmente de sementes de cardos, o que deu origem ao nome do género. No Outono e inverno é avistado frequentemente em prados com muitos cardos. Porém, durante a alimentação das crias, procura também insectos.


O adulto possui a face vermelha e o resto da cabeça preta e branca. As asas são pretas com uma barra amarelo vivo, mais visível durante o voo. Uropígiobranco. Bico cor de marfim, mais escuro na ponta, grande e ponteagudo. Cauda furcada. É praticamente impossível distinguir os sexos no campo. O indivíduo jovem apresenta as asas idênticas ao adulto, e o restante corpo castanho-cinza claro com manchas mais escuras.
Tem um canto melodioso, levando a que seja ainda hoje capturado para gaiola.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



sexta-feira, 22 de abril de 2011

Fuinha-dos-juncos

Cisticola juncidis



A fuinha-dos-juncos é um pássaro da família Cisticolidae. É uma ave pequena, castanha e com o dorso riscado, que se esconde frequentemente por entre a vegetação, podendo por isso ser difícil de observar. Contudo, o seu canto, emitido em voo, torna esta pequena ave muito conspícua.




O canto faz lembrar o som de um insecto e consiste numa única nota emitida a intervalos de cerca de 1 segundo: "zit... zit... zit...".
O seu ninho é construído no solo, por entre as ervas.




Esta espécie distribui-se pelo sul da Europa e por uma grande parte de África. Em Portugal é comum em espaços abertos, sendo especialmente numerosa nas terras baixas do litoral. A fuinha-dos-juncos é uma ave muito sensível às baixas temperaturas, o que explica em parte a sua escassez nas zonas serranas do interior norte e centro.





Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Diplópode

 Diplópodo, Milípede


São vulgarmente conhecidos em Portugal por maria-cafés (na Madeira por bichos-de-vaca ou vacas pretas).


São animais herbívoros e detritívoros, isto é, se alimentam de detritos, como matéria vegetal morta. Quando se sentem ameaçados, os diplópodes enrolam-se, fingindo-se de mortos. Em outras situações, eliminam substâncias repelentes que afastam predadores, como o cianeto de hidrogénio. O corpo dos diplópodes é dividido somente em cabeça pequeno tórax e um longo abdómen segmentado.


Possuem um corpo cilíndrico, com um par de antenas, olhos simples e dois pares de patas locomotoras por segmento (que podem variar de 20 a 100) e seu sistema respiratório é traqueal. Sua reprodução é sexuada. Todos os diplópodes são ovíparos.



Os Diplópodes antigamente pertenciam à classe dos Miriápodes, junto com os Quilópodes. As diferenças entre as duas novas classes são que Quilópodes tem forcípulas (que inoculam veneno), Diplópodes tem antenas; Quilópodes são carnívoros, Diplópodes são herbívoros; Diplópodes são cilíndricos,Quilópodes são achatados; Quilópodes tem 1 par de patas por segmento, Diplópodes tem 2 pares de patas por segmento.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.