quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dedaleira

Digitalis purpurea


Dedaleira (do alemão "Roter Fingerhut" (dedal vermelho) para as flores desta planta), também chamada de "campainhas" pelo formato de suas flores, é uma erva lenhosa ou semilenhosa (Digitalis purpurea L.; Scrophulariaceae), venenosa, nativa da Europa. Pode ser cultivada como medicinal, por conterdigitalina, e também como ornamental, pois possui inúmeras variedades hortícolas de flores róseas ou brancas.


Esta planta fornece um importante medicamento cardíaco chamado digitalina, prescrito em alguns casos de arritmia ou insuficiência cardíaca.


Se impedida de terminar o ciclo através do corte da inflorescência murcha, retorna a florescer. Sua utilização medicinal deve ser muito criteriosa pois é uma planta muito tóxica em doses altas e se administrada a pessoas que não necessitam de seus efeitos. Excelente para bordaduras e maciços, jardineiras e vasos.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

sábado, 23 de abril de 2011

Pintassilgo

Carduelis carduelis



É uma pequena ave fringilídea, comum em toda a Europa, mais abundante nas zonas central e meridional. É uma residente habitual nas zonas temperadas, mas as populações de latitudes mais altas migram para sul durante o inverno.



São aves de pequeno porte, com tamanho aproximado de 13 cm, com cerca de 20g, normalmente encontradas em bandos de até 40 indivíduos, fora da estação reprodutora. Na época do acasalamento, os pintassilgos separam-se por pares voltando a se unir após a vinda dos filhotes.



Os pintassilgos nidificam em terrenos abertos e bordas de bosques, em parques e jardins, entre Abril e Maio, pondo 4 a 6 ovos azuis com manchas pretas, que eclodem ao fim de 11 a 14 dias. Faz duas posturas e a incubação é feita pela fêmea. Alimenta-se basicamente de grãos silvestres. Gosta especialmente de sementes de cardos, o que deu origem ao nome do género. No Outono e inverno é avistado frequentemente em prados com muitos cardos. Porém, durante a alimentação das crias, procura também insectos.


O adulto possui a face vermelha e o resto da cabeça preta e branca. As asas são pretas com uma barra amarelo vivo, mais visível durante o voo. Uropígiobranco. Bico cor de marfim, mais escuro na ponta, grande e ponteagudo. Cauda furcada. É praticamente impossível distinguir os sexos no campo. O indivíduo jovem apresenta as asas idênticas ao adulto, e o restante corpo castanho-cinza claro com manchas mais escuras.
Tem um canto melodioso, levando a que seja ainda hoje capturado para gaiola.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



sexta-feira, 22 de abril de 2011

Fuinha-dos-juncos

Cisticola juncidis



A fuinha-dos-juncos é um pássaro da família Cisticolidae. É uma ave pequena, castanha e com o dorso riscado, que se esconde frequentemente por entre a vegetação, podendo por isso ser difícil de observar. Contudo, o seu canto, emitido em voo, torna esta pequena ave muito conspícua.




O canto faz lembrar o som de um insecto e consiste numa única nota emitida a intervalos de cerca de 1 segundo: "zit... zit... zit...".
O seu ninho é construído no solo, por entre as ervas.




Esta espécie distribui-se pelo sul da Europa e por uma grande parte de África. Em Portugal é comum em espaços abertos, sendo especialmente numerosa nas terras baixas do litoral. A fuinha-dos-juncos é uma ave muito sensível às baixas temperaturas, o que explica em parte a sua escassez nas zonas serranas do interior norte e centro.





Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Diplópode

 Diplópodo, Milípede


São vulgarmente conhecidos em Portugal por maria-cafés (na Madeira por bichos-de-vaca ou vacas pretas).


São animais herbívoros e detritívoros, isto é, se alimentam de detritos, como matéria vegetal morta. Quando se sentem ameaçados, os diplópodes enrolam-se, fingindo-se de mortos. Em outras situações, eliminam substâncias repelentes que afastam predadores, como o cianeto de hidrogénio. O corpo dos diplópodes é dividido somente em cabeça pequeno tórax e um longo abdómen segmentado.


Possuem um corpo cilíndrico, com um par de antenas, olhos simples e dois pares de patas locomotoras por segmento (que podem variar de 20 a 100) e seu sistema respiratório é traqueal. Sua reprodução é sexuada. Todos os diplópodes são ovíparos.



Os Diplópodes antigamente pertenciam à classe dos Miriápodes, junto com os Quilópodes. As diferenças entre as duas novas classes são que Quilópodes tem forcípulas (que inoculam veneno), Diplópodes tem antenas; Quilópodes são carnívoros, Diplópodes são herbívoros; Diplópodes são cilíndricos,Quilópodes são achatados; Quilópodes tem 1 par de patas por segmento, Diplópodes tem 2 pares de patas por segmento.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

domingo, 10 de abril de 2011

Joaninha


Coleópteros


Joaninha é o nome popular dos insectos coleópteros da família Coccinellidae. Os cocinelídeos possuem corpo semi-esférico, cabeça pequena, 6 patas muito curtas e asas membranosas muito desenvolvidas, protegidas por uma carapaça quitinosa que geralmente apresenta cores vistosas.



 Podem medir de 1 até 10 milímetros, vivendo até 180 dias. Como os demais coleópteros, passam por uma metamorfose completa durante seu desenvolvimento; seus ovos eclodem em 1 semana e o estágio larval é de 3 semanas, durante o qual o insecto já apresenta a mesma alimentação do adulto (imago). As larvas, geralmente, tem corpo achatado e longo, com tubérculos ou espinhos e faixas coloridas ao seu longo. Possui duas antenas que servem para sentir o cheiro e o gosto. Há cerca de 4500 espécies na família, distribuídas por 350 géneros, distinguíveis pelos padrões de cores e pintas da carapaça.



As joaninhas são predadores no mundo dos insectos e alimentam-se de afídeos, moscas da fruta, pulgões, piolhos da folha e outros tipos de insectos, a maioria deles nocivos para as plantas. Uma vez que a maioria das suas presas causa estragos às colheitas e plantações, as joaninhas são consideradas benéficas pelos agricultores. 



Apesar da grande utilidade, estes insectos sofrem ameaça dos agro tóxicos utilizados pelos agricultores em suas plantações, embora a maioria das espécies não seja considerada como ameaçadas.

Abelharuco-comum

Merops apiaster




O abelharuco-comum é uma ave de médio porte, com 25 a 30 cm de comprimento. É muito colorido, com plumagem de cores muito distintas: o dorso é castanho escuro na zona da cabeça, com gradação para amarelo para a área posterior e asas; a garganta é amarela, com uma bordadura fina de negro; o peito e zona ventral é azul claro; as asas são verdes com uma mancha central castanha-clara; tem uma máscara negra em torno dos olhos.




 Têm uma alimentação baseada em insectos, principalmente abelhas e vespas, como o seu próprio nome comum do grupo indica. As presas são caçadas em voo e antes de ingerir a sua refeição, o abelharuco retira o ferrão do insecto esmagando-o contra uma superfície dura.




O ninho é construído num túnel, que pode atingir 2 metros de comprimento, escavado pelo casal no solo ou em bancos arenosos de rios. O túnel é forrado com folhas ou restos de insectos. A postura tem 2 a 6 ovos, incubados ao longo de cerca de 20 dias por macho e fêmea. Os juvenis são alimentados por ambos os progenitores durante cerca de um mês, no ninho, e permanecem mais ou menos dependentes por mais três semanas fora do ninho.






quinta-feira, 7 de abril de 2011

Lagarta Borboleta-das-couves

Pieris-brassicae





Cobra-de-escada

Rhinechis-scalaris (juvenil)


Identificação - Cobra robusta e de grande tamanho. Cabeça larga, bem diferenciada do resto do corpo, com focinho pontiagudo e proeminente relativamente à mandíbula inferior. Olhos pequenos, com pupila arredondada e íris de cor castanha-escura. Dorso com duas linhas escuras longitudinais, sobre uma coloração de fundo acastanhada, amarelada ou ligeiramente rosada. Apresenta pequenas manchas escuras na cabeça e na zona de sutura das escamas labiais, e possui frequentemente uma banda escura desde a parte posterior do olho até à comissura da boca. Ventral mente, apresenta tons esbranquiçados, acinzentados ou amarelados, sobre os quais podem aparecer manchas escuras.



Habitat - Habita numa grande variedade de biótipos, ocorrendo preferencialmente em áreas secas e expostas. Encontram-se em zonas de matos, clareiras de bosques caducifólios ou de pinhais, e campos agrícolas, podendo ocorrer também em meios rurais e urbanos, sobretudo em muros de pedra, ruínas ou telhados de habitações.


Comportamentos - É uma espécie de hábitos essencialmente diurnos, mas durante os meses mais quentes pode exibir também alguma actividade crepuscular e nocturna, sobretudo em busca de alimento ou de um par para acasalar. Passa por um período de inactividade invernal. Extremamente voraz, ao encontrar um ninho de roedores é capaz de engolir um deles enquanto mantém mais duas ou três crias semiestranguladas com o corpo, as quais engole de seguida, uma a uma, com inusitada rapidez.




Reprodução - A sua reprodução ocorre desde o final da Primavera até meados do Verão. A agressividade da espécie pode ser observada também durante o acasalamento, pois em certas ocasiões, no acto da cópula, o macho chega a morder a fêmea no dorso. As fêmeas depositam entre 4 a 24 ovos, normalmente debaixo de pedras, em tocas abandonadas de micromamíferos ou em buracos por si cavados.




Dieta - A sua dieta baseia-se no consumo de micromamíferos, diversos répteis (sobretudo a lagartixa-mato-comum, a lagartixa-de-dedos-dentados e o sardão), juvenis de coelho-bravo e lebre e várias aves, destacando-se neste caso a sua acção predadora sobre os ninhos.
http://naturdata.com/Rhinechis-scalaris-2047.htm


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Colhereiro

Platalea leucorodia


Características e identificação - O Colhereiro (Platalea leucorodia) pertence à família Threskiornithidae e é o único representante desta família (que inclui várias espécies de ibis) com presença regular em Portugal. Com cerca de 80 a 90 cm de comprimento, 115 a 130 cm de envergadura, pescoço e patas compridas e uma plumagem maioritariamente branca, o Colhereiro assemelha-se a uma garça-branca de grande dimensão. Apresenta, no entanto, pescoço e patas mais longas, plumagem de um tom branco-creme e um bico inconfundível, comprido e terminando em forma de colher. Na plumagem nupcial os adultos apresentam uma poupa de penas amarelo-pálido, uma mancha alaranjada na base do bico e uma banda alaranjada à volta do peito. O bico é preto com a extremidade alaranjada na estação reprodutora; as patas são pretas. Nos juvenis as pontas das asas são pretas; o bico é cor-de-rosa, tornando-se preto no primeiro Inverno. Trata-se de uma espécie que não oferece qualquer dificuldade de identificação quando bem observada, nomeadamente quando é possível observar o seu bico inconfundível.

Distribuição e abundância - Distribui-se de forma dispersa na Europa, principalmente nas regiões orientais, estando presente no Ocidente, mas ausente no Norte. Quase três quartos da população mundial nidificam na Europa (entre 5.000 e 9.000 casais), localizando-se os principais núcleos reprodutores na Rússia, Turquia, Hungria, Ucrânia, Países Baixos e Espanha. Para além do Paleárctico Ocidental, nidifica da Ásia Central, até ao Norte da China e desde a Índia até à costa africana do Mar Vermelho, e inverna no Norte de África. Em Portugal está presente no litoral sul do país como invernante, concentrando-se a maioria destas aves nos Estuários do Tejo e Sado, na Lagoa de Santo André e, principalmente, na Ria Formosa e Castro Marim. Como nidificante é raro, tendo mesmo chegado a desaparecer. No entanto, na última década estabeleceu-se novamente como nidificante no Paúl do Boquilobo, em Pêro Pião e na Ria Formosa.
Estatuto de conservação - Esta espécie encontra-se em acentuado declínio no que respeita a mais de dois terços da sua população, embora se registe um actual aumento na Europa Ocidental. Em Portugal tem estatuto de vulnerável. A nível europeu encontra-se protegido pelas convenções de Cites (Anexo II), Bona (Anexo II) e Berna (Anexo II) e ainda pela Directiva Aves (Anexo I).
Factores de ameaça - As principais causas de declínio desta espécie são a perda de locais de nidificação e de alimentação, devido às drenagens, deterioração e perturbação das zonas húmidas. Outros factores de ameaça são a exploração de ovos e crias e a poluição dos corpos de água utilizados como áreas de alimentação.
Habitat - Ocorre principalmente em zonas de clima quente, penetrando localmente em regiões temperadas. Ocupa zonas húmidas de baixa altitude e, de um modo geral, junto à costa, nomeadamente deltas de rios, estuários, lagoas e pauis. Os colhereiros necessitam, para se alimentar, de águas pouco profundas e de fundo lamacento. As colónias estabelecem-se em extensos caniçais, geralmente com arbustos e árvores, ou em ilhas, em locais seguros em relação à perturbação e a predadores terrestres.
Alimentação - Os colhereiros procuram o alimento em águas pouco profundas, em geral até aos 30 cm de profundidade. Caminhando, muitas vezes em grupo, fazem passar o bico com movimentos ceifantes, na cadência dos seus passos, através das camadas fluidas de lama. Deste modo capturam animais que vivem na lama ou que ali se escondem, principalmente insectos e as suas larvas, incluindo Coleoptera, Odonata, Trichoptera, Orthoptera, Diptera e Hemiptera. Alimentam-se ainda de pequenos peixes, moluscos, crustáceos, rãs, répteis e algum material vegetal.
Reprodução - Trata-se de uma espécie colonial, que pode formar colónias mistas com outras aves palustres, nomeadamente garças e corvos-marinhos. Os ninhos são construídos em caniços velhos ou, pontualmente, em árvores, encontrando-se a uma altura superior a 5 metros. De um modo geral, no centro de uma colónia a densidade de ninhos é muito elevada, podendo os vários ninhos, ao longo do tempo, formar uma única plataforma. A época de postura ocorre em Abril, sendo colocados entre 3 a 4 ovos manchados (por vezes 5 ou 6, raramente 7), que são incubados durante cerca de 25 dias. Os juvenis atingem a emancipação com 50 dias de idade.
Movimentos - Esta é uma espécie migradora e dispersiva. Os juvenis fazem pequenas deslocações em Julho e Agosto, mas as aves adultas só abandonam as colónias em Setembro, voltando no ano seguinte, em geral, no mês de Março. A migração é principalmente diurna, sendo comum observar bandos de colhereiros em formação. As populações nidificantes na Europa passam o Inverno na bacia do Mediterrâneo e no Nordeste de África, com excepção de algumas populações do Leste, que podem invernar no Médio Oriente e na Índia.
Curiosidades - A recolha de dados, através da leitura de anilhas, relativos à proveniência das aves reprodutoras em Portugal demonstrou que aquelas que nidificam na Ria Formosa e em Pêro Pião são maioritariamente de origem espanhola, enquanto que as do Boquilobo são, em geral, holandesas.

Locais favoráveis de observação - Em Portugal pode não ser uma espécie de fácil observação, uma vez que está restricta a poucas zonas húmidas nacionais. O Paúl do Boquilobo, os Estuários do Tejo e Sado, a Lagoa de Santo André, a Ria Formosa e as salinas de Castro Marim são os principais locais de invernada da espécie, que só está presente como reprodutora no Paúl do Boquilobo, em Pêro Pião e na Ria Formosa.